Passam por mim, sinto-lhes os passos...no ar a suas respirações e nem por isso uma palavra. Mas existem, são os outros. São gentes...gentes que cruzam o meu caminho e em mim deixaram o seu rasto.
Partes de mim, silêncios meus e até sombras de uma vida...

Um lugar, várias histórias e uma imensidão de palavras constituem a verdadeira essência das"Gentes" da minha terra.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Hoje...não as quero ouvir!



Ontem foi assim…


Um dia cheio…trabalho, trabalho e para terminar uma passagem pelo ginásio para não deixar descurar a imagem. Que depois dos relatos que se seguem vai ser totalmente posta em causa.

Apesar do cansaço visível no meu corpo quero treinar até ao fim, mas o relógio chama por mim...são horas, horas de sair. Saio a correr, apenas o tempo de passar no balneário e trazer a mala…corro e quando chego à paragem ainda sinto as marcas do último exercício.

O banho? Esse ficou para trás…ainda carrego em mim o suor de uma hora e meia de treino. Repugnante? Talvez…mas quando se entra num autocarro onde os odores se misturam, as pessoas se confundem e os olhares se apagam a minha fragrância perde-se totalmente no ar.

Caras desconhecidas, vozes ausentes mas nem por isso deixam de influenciar toda uma viagem. Quase adormeço…lembro-me que no meio de toda aquela confusão esqueci-me das sandálias…por breves instantes sinto-me perdida na “Cinderela”. É no meio de toda esta divagação que surgem três gargalhadas enormes que me acompanharam durante um longo percurso.

Três personagens aparentemente insignificantes mas com uma enorme capacidade de me instalarem uma severa dor de cabeça. Senhoras para além da meia-idade que riem no autocarro como se não houvesse amanhã, são às dezenas. Mas estas tinham a particularidade de ter um riso completamente intolerável. Para a acrescentar a toda esta sonoridade as senhoras relatavam um episódio que uma delas tinha assistido. Parece que viu duas raparigas totalmente despidas de preconceito a trocarem uns beijinhos, aquela alminha estava escandalizada mas nem por isso deixava rir. Pior ainda eram as piadas…

Mas será que ninguém explicou a estas senhoras que misturar comprimidos dá nisto? Penso que não…certamente que a saga da velhotas do autocarro não fica por aqui.

Eu só imaginava se alguma tinha incontinência…então é que essência do autocarro passava de incómoda a insuportável.

Resumindo, bastaram três seres para tornar o que restava do meu dia bem mais difícil...


É mais do que motivo para dizer aqui na minha terra que ”Raios partam as velhas…”

Até breve!

2 comentários:

Ricardo Mendes disse...

AHAHAHAHAHA... o que eu tmb já me ri! Epá, adoro! :D

vania disse...

Raios partam as velhas...lolol...mt bom...não havia frase melhor para terminar! :)