Passam por mim, sinto-lhes os passos...no ar a suas respirações e nem por isso uma palavra. Mas existem, são os outros. São gentes...gentes que cruzam o meu caminho e em mim deixaram o seu rasto.
Partes de mim, silêncios meus e até sombras de uma vida...

Um lugar, várias histórias e uma imensidão de palavras constituem a verdadeira essência das"Gentes" da minha terra.

terça-feira, 31 de maio de 2011

???


Esforço-me, mas não consigo entender.

Por vezes olho para os outros e não consigo interpretar as suas atitudes, os seus gestos, os seus comportamentos. Não percebo simplesmente.

Dispo-me de alguma teimosia e observo com atenção. Fecho os olhos à minha impulsividade e escuto as palavras que apelam à compreensão. Mas não entendo.

Não percebo a insensibilidade humana, as birras de ocasião e o faz de conta. 

A cada dia que passa sinto que estou além da compreensão comum, que sou inevitavelmente um ser estranho e que a minha visão do mundo está totalmente distorcida aos olhos de outros. 

Estarei eu assim tão descontextualizada ou serei apenas mais uma miúda egoísta à procura da perfeição? 

Até breve!



segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um suspiro...

Apenas cansada...

Cansada de procurar soluções para uma vida jovem cheia de peripécias,  cansada de delirar com pormenores que desaparecem em instantes, cansada de apostar em algo que o tempo confirma pouco promissor.

Mas ainda não me cansei de viver, de amar e acreditar que as coisas pequenas e que a felicidade, de todos os dias, nos alimenta e nos faz crescer.

Um dia acreditei que as histórias são feitas de momentos bons e de planos controlados. Hoje acredito que as grandes histórias são feitas de uma vida cheia de improvisos.

Respiro bem fundo e volto a ter novamente forças para viver simplesmente...

Até breve!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Um outro "Eu"



Era uma vez uma miúda, uma miúda que comigo partilha o tempo e o espaço, os momentos e os sonhos, mas nem sempre me acompanha nos desejos.

É uma rapariga animada e sorridente, pelos menos é assim que muitos a definem.

São muitas as vezes que a vejo sorrir à vida e a lutar por um desejo infinito de felicidade, mas há algo que não entendo nesta minha companheira.

Não percebo o medo que a envolve, nem os fantasmas que constrói dentro de si. Já tentei interpretar e definir as suas ansiedades, mas dou sempre por mim a discutir com um vazio de incertezas.

Sei que à sua volta construiu uma barreira, uma barreira assente em desilusões e frustrações contínuas. Sei que por trás do seu sorriso esconde, por vezes, uma auto-estima tímida e traída. Sei que receia a felicidade por achar que não a merece e desconfia do amor que se aproxima.

Foram tantas vezes que lhe pedi para não escrever argumentos dramáticos e realizar filmes complexos, mas nem sempre me deu ouvidos.

Mas ontem voltei a partilhar com ela lágrimas de uma dor que não se justifica, de um medo que não existe e de uma angustia que não se explica.

Depois de algumas palavras desconexas reconheceu que negar a felicidade por medo de amar demais seria loucura...sorrimos e tornamo-nos uma só.

Até breve!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A sorrir ao "ontem"...


Quero apenas dispensar alguns minutos do meu tempo a olhar esta imagem. Quero apenas recordar uma noite perfeita...um momento repleto de magia, sorrisos e olhares penetrantes. 

Recordo a intensidade da noite e o calor nos nossos corpos. Deixo-me levar pela sensação da agua salgada nos pés e das gargalhadas na praia. 

Quando me lembro que algo me falta e que os obstáculos surgem para me derrubar, gosto de voltar uma página atrás e concentrar-me nos momentos perfeitos. Fecho os olhos e esqueço tudo, estou certa que hoje ainda haverão muitos sorrisos para contar.

Até breve!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Mulheres + gatos = solteiras ??

Agora percebo porque é que a minha mãe me deu uma gata logo que fui viver sozinha. 

Solteira, viver sozinha e com uma gata...um quadro perfeito de uma solteirona para a vida. 

Mas a verdade é que venci o estigma e parece que a rebeldia destes felinos até nos inspiram enquanto mulheres.

Só para distrair...


Até breve!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pulsação a mil...

Há três dias atrás...

Acho incrível as coisas que me acontecem…
Convívio, amigos e uns copos à mistura.
Começa a época das festas locais, a febra do courato, da mini e dos bailaricos de verão. Quem não gosta da animação, da musica popular e  das ruas repletas de luzes e cor? Eu adoro o cheirinho da gordura no fogareiro. Adoro as noitadas de copo na mão e as conversas de ocasião.
Ontem não foi excepção…jantar com sabor a mar e rumo à feira. Depois de algum tempo partilhado o cansaço começou absorver cada um de nós, afinal a idade já começa a pesar. Quando resolvemos atravessar a vila em busca do carro eis que acontece um episódio deveras insólito.
Não consigo descrever o momento com precisão, até porque no meio da confusão o meu olhar tornou-se estanque. Apercebo-me de uma confusão entre alguns homens, uma cadeira a voar, alguns movimentos bruscos e poucos segundos depois há uma arma, aparentemente de alarme, que dispara.
Não sei dizer muito bem o que senti até porque a minha preocupação era ele, olhava para aquele quadro com alguma atenção sem sequer mostrar algum tipo de pânico. Eu recuei com alguns amigos e ele percebeu que eu estava segura. Ele apreciava cada movimento do louco que disparou. Minutos depois o indivíduo corre e todos os outros correm na sua direcção. Aparece a GNR, muita confusão e num pequeno gesto de magica todo aquele movimento desaparece.
Quando tudo acalmou retomamos a nossa intenção e demos asas à concretização de um momento…correr até à cama e recuperar as baterias da semana. Mas o filme não acabava aqui, metros mais à frente recomeça a confusão e mais dois tiros bem perto nós. Desta vez o som era de uma arma a “sério”. O meu coração bateu, as minhas pernas tremeram e ele levou-me para bem longe.
Saímos daquele lugar em poucos minutos, ainda com a pulsação descontrolada, dirigimo-nos ao nosso espaço e rapidamente adormecemos…
Foi tudo tão rápido, tão inesperado e tão inexplicável. Hoje não sei o que se passou, não sei o desfecho, mas ainda ouço o eco dos tiros bem perto de mim. 

Até breve!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Simplesmente ridículo

Entrei na loja com a inocência de alguém que vai apenas acompanhar um outro alguém que tenta a sua sorte. É sexta-feira e a corrida à sorte grande é partilhada por muitos dos que me rodeiam.

Chamem-me romântica ou amiga da pouca sorte, mas prefiro apostar no amor.

Continuando...

Quem me conhece sabe que não deliro com revistas cor-de-rosa e muito menos com a vida daqueles que nada contribuem para a minha felicidade. Mas ela estava olhar para mim e não resisti. Aproximem-me da revista e não consegui conter o riso. Olhei mais uma vez para perceber o que era "aquilo", mas a minha compreensão não me permite alcançar certas excentricidades. Chamei alguém...quis partilhar o meu espanto com tal atrocidade. 

Não é de todo minha intenção ferir susceptibilidades, mas há coisa que tenho dificuldade em entender. Alguém que transforma a sua sexualidade numa arena de circo, onde todos anseiam por ver a maior aberração. Alguém que se define como diferente por pura exorbitância, alguém que não se define em si mesmo e procura mascaras para se tornar especial, alguém que ofende a homossexualidade e deprime a heterossexualidade. Alguém que destrói em pequenos gestos a essência de uma opção individual. Alguém que simplesmente usa o ridículo para vender a sua imagem.

As minhas sinceras desculpas aos fãs e a todos aqueles que de alguma forma se identificam com a sua excentricidade. Mas não consigo ficar indiferente a uma sociedade que aplaude seres ignorantes, fúteis e completamente desconexos. 

Defendo a liberdade e por isso me exprimo, aceito as diferenças e defendo as minorias, mas nunca me peçam para respeitar o deplorável.



Até breve!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Vício

Senti a tua falta...

Duas semanas repletas de tentações, de sabores únicos e estéticas perfeitas. A cada dia um sabor novo, a cada delicia um momento. Recordo cada encontro como o primeiro e na minha boca ainda sinto os sabores que distinguem cada desejo. Confesso as desilusões, mas não esqueço as paixões.

Mas senti a tua ausência. Senti falta da tua textura, da tua frescura e da sensação que me envolve a cada trinca. Pensei que seria fácil abdicar de ti por umas semanas, mas o teu cheiro penetrou em mim como um vício que me faz procurar-te a cada instante.

Quero sentir-te novamente em mim e satisfazer-me com todos os teus pedaços. Preciso da sensação orgasmica que me proporcionas e da forma única como nos dás prazer.

Hoje não resisti...corri até ti e trouxe-te para casa. Deitei-te sobre a mesa e partilhei a minha saciedade.

Confesso, sou viciada em Sushi!!



Até breve!

Cheira a verão!

Adoro a sensação do verão a chegar. O sol radiante, os sorrisos contagiantes e nas ruas um cheiro intenso a protector solar.

As cores, os tecidos curtos e a pele brilhante...marcas de uma época do ano onde tudo parece perfeito.

Apetece-me sair e aproveitar cada rasgo desta magia, mas as obrigações de uma vida repleta de regras prende-me a este lugar. Olho pela janela e deixo-me levar pela beleza do mundo lá fora, transporto a minha mente para o mar e deixo o meu corpo flutuar em ondas de prazer.

Mas de repente olho para o relógio e o regresso ao mundo real torna-se imediato.
Deixo a música a tocar e sinto a energia apoderar-se de mim...

“In the summertime when the weather's high,
You can stretch right up and touch the sky,
When the weather's fine,
You got women, you got women on your mind.
Have a drink, have a drive,
Go out and see what you can find”


Até breve!

Por aí...



Por vezes sinto que o meu cérebro pára, que o meu olhar fixa um ponto invisível e o meu corpo recaí sobre uma apatia inexplicável.

Por vezes sinto que vou para longe deste lugar e permaneço do outro lado de um mundo que só a mim me pertence. Não é tristeza aquilo que me absorve, não é frustração o que me consome é apenas um estado que me envolve.

Dura apenas alguns minutos e quando abro os olhos, num gesto espontâneo, sinto que voltei ao lugar de onde parti.

Sinto-me bem, apenas sinto que abri lugar a mais pensamentos distantes e transformei o meu espaço em recordações de momento.

Após uns segundos de silêncio mental regressa mil e um pensamentos, questões e esquemas ilusórios de pequenos problemas por tratar. Não encontro soluções, apenas mais algumas utopias para me ocupar...

Fecho os olhos novamente e sinto o cansaço que me pesa, sinto a adrenalina emocional a correr-me nas veias e a vontade tremenda de nos teus braços me abrigar...

Ao fundo, no tempo, a tua voz sussurra-me ao ouvido curtas palavras, deixo-me acreditar e sei que no final tudo vai correr bem...
Até breve!


terça-feira, 17 de maio de 2011

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A olhar-te...



Hoje apetece-me simplesmente escrever, desenhar palavras e ilustrar sensações. Hoje apetece-me fechar os olhos e em poucas linhas descrever um quadro perfeito.

Sinto que mesmo longe te posso tocar...sinto o teu cheiro, o teu corpo e o toque profundo dos teus lábios.

Perco-me numa beleza que admiro, perco-me em traços perfeitos...procuro definir cada sinal do teu corpo e a essência de tal encanto. Não consigo.

A beleza é daqueles conceitos subjectivos e complexos, que por mais adjectivos usados raramente conseguimos traduzir o que é realmente belo aos nossos olhos.

Olhar marcante, rosto de homem com sorriso de menino, contornos fortes mas definidos...os lábios, as marcas, as mãos...mas há algo mais.

Se tudo isto é perfeito aos olhos de outros, não sei...sei que é deslumbrante aos meus.

Por segundos mergulho no teu perfume e aprecio cada aroma do teu cheiro. Suspiro em silêncio e recordo o último sorriso da manhã...

Até breve!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Segunda pela manhã...


Segunda-Feira...

O sol brilha, mas sinto o fresco matinal e não me consigo separar dos lençóis ainda quentes. Os olhos semicerrados e um corpo rijo sem forças para erguer qualquer um dos membros.

O despertador volta a tocar e não quero, mas as obrigações arrastam-me até à banheira.
Este é o dia em que não nos despedimos do fim-de-semana, nem ganhamos forças para enfrentar a semana. O sono apodera-se de nós e transforma-nos em almas deambulantes por entre as ruas que nos seguem até ao nosso destino.
Maldita segunda! Será? Que culpa terá este dia da semana na preguiça colectiva e na nostalgia de dois dias de descanso? Provavelmente nenhuma, se ela não existisse este peso recairia com toda a certeza sobre a terça-feira.
Divagações apenas...final do dia e ainda não me consegui recompor da malandrice do fim-de-semana.

Toda esta descrição do meu estado de empatia para chegar ao ponto alto de uma manhã agitada.

Após largar parte da preguiça em casa caminhei até ao trabalho. Apesar da moleza que me absorvia tentei ser breve, pois o relógio já me tinha ganho na corrida contra o tempo.

Gritos, berros, ofensas ferozes e um discurso grosseiro. Este foi o cenário que encontrei pelo caminho. Uma senhora de avançada idade diante de uma janela com um pau de vassoura e um homem de meia idade, na rua, com algum pelo na venta. Episódio caricato. A verdade é que algum tempo que não assistia a tal "peixeirada".
Sem me aperceber do assunto acelerei o passo, mas não consegui deixar de ouvir os adjectivos que eram lançados para o ar. O facto é que me senti espectadora contrariada de um cenário porno onde os alhos e bugalhos, as posições e os vários pontos do corpo foram utilizados para fantasias perversas. A determinada altura o senhor chamou a família da senhora para a conversa e fiquei perante uma orgia platónica até que a senhora parte para o sadomassoquismo.

Podem pensar que a minha mente é maldosa com uma pitada de sexo à mistura, mas garanto-vos que a discussão que presenciei tinha muito pouco de séria e muito de promiscua.

Depois de toda aquela algazarra não consegui perceber o que levou à discussão, mas uma coisa é certa ali estava muita tensão sexual reprimida. Fiquei com a certeza que os dois fechados num quarto faziam faisca e resolviam parte dos seus problemas.

Segui o meu caminho, mas não consegui tirar da cabeça aquela curta com direito a bola vermelha.
Até breve!