A cada dia que passa sinto-me cada vez mais distante da realidade onde habito. Por vezes penso que sou um ser estranho de um outro mundo que aterrou neste antro por mero acaso.
Perdoem-me as hostilidades e a revolta marcada, mas sempre que me cruzo com a paralisia social colectiva não consigo ficar imune. Até podia fechar-me em casa por um dia, desligar a televisão e nem ligar o computador, mas estou certa que no dia seguinte e durante toda a semana seria bombardeada com as novidades, pormenores, excentricidades e banalidades do casamento mais importante dos últimos tempos.
Hoje o mundo parou, as televisões estão focadas no casamento real, os jornais e revistas não falam de outra coisa e a Internet está minada de noticias sem interesse sobre este acontecimento. E até eu, ser imune a estas celebridades, deixo o meu sangue fervilhar por presenciar a futilidade social.
Peço as minhas sinceras desculpas a todos os interessados, a todos os olhos que observam atenciosamente o vestido da noiva e apreciam cada pormenor da igreja, mas digam-me se acham razoável estarem vidrados num acontecimento que nada vos vai acrescentar? A verdade é que ver 1900 convidados, dos quais rostos de ditaduras e guerras , representantes da paz, personagens que pouco acrescentam á nossa sociedade e figuras reais não me faz parar de viver e concentrar o meu dia em tal cerimonia.
Não pensem que não sou amante do amor e do casamento, mas daí a concentrar as minhas atenções num cenário que não me pertence...
Podia argumentar este meu descontentamento e “raivinha” momentânea com a crise económica e social que atravessamos, mas não valeria a pena...todos demasiado dedicados aos passos da família real.
Hora de almoço, momento de conforto e hora de noticias...momento solene. Pára tudo! Chegou o momento do beijo, o relógio marca 13:25 e parece que foi à hora marcada...
Hora de desligar.
Até breve!
Perdoem-me as hostilidades e a revolta marcada, mas sempre que me cruzo com a paralisia social colectiva não consigo ficar imune. Até podia fechar-me em casa por um dia, desligar a televisão e nem ligar o computador, mas estou certa que no dia seguinte e durante toda a semana seria bombardeada com as novidades, pormenores, excentricidades e banalidades do casamento mais importante dos últimos tempos.
Hoje o mundo parou, as televisões estão focadas no casamento real, os jornais e revistas não falam de outra coisa e a Internet está minada de noticias sem interesse sobre este acontecimento. E até eu, ser imune a estas celebridades, deixo o meu sangue fervilhar por presenciar a futilidade social.
Peço as minhas sinceras desculpas a todos os interessados, a todos os olhos que observam atenciosamente o vestido da noiva e apreciam cada pormenor da igreja, mas digam-me se acham razoável estarem vidrados num acontecimento que nada vos vai acrescentar? A verdade é que ver 1900 convidados, dos quais rostos de ditaduras e guerras , representantes da paz, personagens que pouco acrescentam á nossa sociedade e figuras reais não me faz parar de viver e concentrar o meu dia em tal cerimonia.
Não pensem que não sou amante do amor e do casamento, mas daí a concentrar as minhas atenções num cenário que não me pertence...
Podia argumentar este meu descontentamento e “raivinha” momentânea com a crise económica e social que atravessamos, mas não valeria a pena...todos demasiado dedicados aos passos da família real.
Hora de almoço, momento de conforto e hora de noticias...momento solene. Pára tudo! Chegou o momento do beijo, o relógio marca 13:25 e parece que foi à hora marcada...
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