Ainda absorvida pela beleza masculina deixem-me levar por esta música...
Passam por mim, sinto-lhes os passos...no ar a suas respirações e nem por isso uma palavra. Mas existem, são os outros. São gentes...gentes que cruzam o meu caminho e em mim deixaram o seu rasto.
Partes de mim, silêncios meus e até sombras de uma vida...
Um lugar, várias histórias e uma imensidão de palavras constituem a verdadeira essência das"Gentes" da minha terra.
terça-feira, 17 de maio de 2011
segunda-feira, 16 de maio de 2011
A olhar-te...
Hoje apetece-me simplesmente escrever, desenhar palavras e ilustrar sensações. Hoje apetece-me fechar os olhos e em poucas linhas descrever um quadro perfeito.
Sinto que mesmo longe te posso tocar...sinto o teu cheiro, o teu corpo e o toque profundo dos teus lábios.
Perco-me numa beleza que admiro, perco-me em traços perfeitos...procuro definir cada sinal do teu corpo e a essência de tal encanto. Não consigo.
A beleza é daqueles conceitos subjectivos e complexos, que por mais adjectivos usados raramente conseguimos traduzir o que é realmente belo aos nossos olhos.
Olhar marcante, rosto de homem com sorriso de menino, contornos fortes mas definidos...os lábios, as marcas, as mãos...mas há algo mais.
Se tudo isto é perfeito aos olhos de outros, não sei...sei que é deslumbrante aos meus.
Por segundos mergulho no teu perfume e aprecio cada aroma do teu cheiro. Suspiro em silêncio e recordo o último sorriso da manhã...
Até breve!
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Segunda pela manhã...
Segunda-Feira...
O sol brilha, mas sinto o fresco matinal e não me consigo separar dos lençóis ainda quentes. Os olhos semicerrados e um corpo rijo sem forças para erguer qualquer um dos membros.
O despertador volta a tocar e não quero, mas as obrigações arrastam-me até à banheira.
Este é o dia em que não nos despedimos do fim-de-semana, nem ganhamos forças para enfrentar a semana. O sono apodera-se de nós e transforma-nos em almas deambulantes por entre as ruas que nos seguem até ao nosso destino.
Maldita segunda! Será? Que culpa terá este dia da semana na preguiça colectiva e na nostalgia de dois dias de descanso? Provavelmente nenhuma, se ela não existisse este peso recairia com toda a certeza sobre a terça-feira.
Divagações apenas...final do dia e ainda não me consegui recompor da malandrice do fim-de-semana.
Toda esta descrição do meu estado de empatia para chegar ao ponto alto de uma manhã agitada.
Após largar parte da preguiça em casa caminhei até ao trabalho. Apesar da moleza que me absorvia tentei ser breve, pois o relógio já me tinha ganho na corrida contra o tempo.
Gritos, berros, ofensas ferozes e um discurso grosseiro. Este foi o cenário que encontrei pelo caminho. Uma senhora de avançada idade diante de uma janela com um pau de vassoura e um homem de meia idade, na rua, com algum pelo na venta. Episódio caricato. A verdade é que algum tempo que não assistia a tal "peixeirada".
Sem me aperceber do assunto acelerei o passo, mas não consegui deixar de ouvir os adjectivos que eram lançados para o ar. O facto é que me senti espectadora contrariada de um cenário porno onde os alhos e bugalhos, as posições e os vários pontos do corpo foram utilizados para fantasias perversas. A determinada altura o senhor chamou a família da senhora para a conversa e fiquei perante uma orgia platónica até que a senhora parte para o sadomassoquismo.
Podem pensar que a minha mente é maldosa com uma pitada de sexo à mistura, mas garanto-vos que a discussão que presenciei tinha muito pouco de séria e muito de promiscua.
Depois de toda aquela algazarra não consegui perceber o que levou à discussão, mas uma coisa é certa ali estava muita tensão sexual reprimida. Fiquei com a certeza que os dois fechados num quarto faziam faisca e resolviam parte dos seus problemas.
Segui o meu caminho, mas não consegui tirar da cabeça aquela curta com direito a bola vermelha.
Até breve!
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Alerta : Há vida para além do casamento real!
A cada dia que passa sinto-me cada vez mais distante da realidade onde habito. Por vezes penso que sou um ser estranho de um outro mundo que aterrou neste antro por mero acaso.
Perdoem-me as hostilidades e a revolta marcada, mas sempre que me cruzo com a paralisia social colectiva não consigo ficar imune. Até podia fechar-me em casa por um dia, desligar a televisão e nem ligar o computador, mas estou certa que no dia seguinte e durante toda a semana seria bombardeada com as novidades, pormenores, excentricidades e banalidades do casamento mais importante dos últimos tempos.
Hoje o mundo parou, as televisões estão focadas no casamento real, os jornais e revistas não falam de outra coisa e a Internet está minada de noticias sem interesse sobre este acontecimento. E até eu, ser imune a estas celebridades, deixo o meu sangue fervilhar por presenciar a futilidade social.
Peço as minhas sinceras desculpas a todos os interessados, a todos os olhos que observam atenciosamente o vestido da noiva e apreciam cada pormenor da igreja, mas digam-me se acham razoável estarem vidrados num acontecimento que nada vos vai acrescentar? A verdade é que ver 1900 convidados, dos quais rostos de ditaduras e guerras , representantes da paz, personagens que pouco acrescentam á nossa sociedade e figuras reais não me faz parar de viver e concentrar o meu dia em tal cerimonia.
Não pensem que não sou amante do amor e do casamento, mas daí a concentrar as minhas atenções num cenário que não me pertence...
Podia argumentar este meu descontentamento e “raivinha” momentânea com a crise económica e social que atravessamos, mas não valeria a pena...todos demasiado dedicados aos passos da família real.
Hora de almoço, momento de conforto e hora de noticias...momento solene. Pára tudo! Chegou o momento do beijo, o relógio marca 13:25 e parece que foi à hora marcada...
Hora de desligar.
Até breve!
Perdoem-me as hostilidades e a revolta marcada, mas sempre que me cruzo com a paralisia social colectiva não consigo ficar imune. Até podia fechar-me em casa por um dia, desligar a televisão e nem ligar o computador, mas estou certa que no dia seguinte e durante toda a semana seria bombardeada com as novidades, pormenores, excentricidades e banalidades do casamento mais importante dos últimos tempos.
Hoje o mundo parou, as televisões estão focadas no casamento real, os jornais e revistas não falam de outra coisa e a Internet está minada de noticias sem interesse sobre este acontecimento. E até eu, ser imune a estas celebridades, deixo o meu sangue fervilhar por presenciar a futilidade social.
Peço as minhas sinceras desculpas a todos os interessados, a todos os olhos que observam atenciosamente o vestido da noiva e apreciam cada pormenor da igreja, mas digam-me se acham razoável estarem vidrados num acontecimento que nada vos vai acrescentar? A verdade é que ver 1900 convidados, dos quais rostos de ditaduras e guerras , representantes da paz, personagens que pouco acrescentam á nossa sociedade e figuras reais não me faz parar de viver e concentrar o meu dia em tal cerimonia.
Não pensem que não sou amante do amor e do casamento, mas daí a concentrar as minhas atenções num cenário que não me pertence...
Podia argumentar este meu descontentamento e “raivinha” momentânea com a crise económica e social que atravessamos, mas não valeria a pena...todos demasiado dedicados aos passos da família real.
Hora de almoço, momento de conforto e hora de noticias...momento solene. Pára tudo! Chegou o momento do beijo, o relógio marca 13:25 e parece que foi à hora marcada...
Hora de desligar.
Até breve!
quarta-feira, 27 de abril de 2011
A pensar...
Pensamentos redondos e ideias efémeras. Decisão difícil, escolha incerta, dor latente.
Mais um momento de opção, dizer que sim ou que não. Sinto o peso do incerto e a certeza no coração.
O teu olhar profundo deixa-me a pensar, faz-me reflectir sobre o rumo que te vou dar.
Esta é a paga pela mudança...
Dou por mim a traçar a linha de uma tabela onde defino os prós e os contras de cada uma das decisões, mas não consigo indicar qual será a mais razoável.
Dou por mim a traçar a linha de uma tabela onde defino os prós e os contras de cada uma das decisões, mas não consigo indicar qual será a mais razoável.
Minha pequena fera, minha companheira deste tempo, minha opção forçada. Querer-te é um facto, mas as paredes que nos envolvem são cada vez menores e a tua rebeldia limitou o lugar que partilhamos.
Sinto que te estou a perder para um outro lugar e ao mesmo tempo a dar-te o espaço que mereces.
Mas...não consigo abdicar de algo que me pertence, não consigo simplesmente desistir.
Até breve!
sexta-feira, 22 de abril de 2011
"Sem papas na língua"
Hoje não sabendo muito bem porquê apetece-me soltar as palavras que há em mim, escrever sem limites e encher este espaço de baboseiras literárias. Provavelmente porque estou de fim-de-semana prolongado e apetece-me fazer todas aquelas coisas que deixamos por fazer numa semana dita “normal”.
Mas não vos quero habituar mal nem tornar este espaço mais alienado do que é. Mas depois de despender 30 minutos para visitar outros espaços de palavras soltas debati-me com um blog bastante interessante. Não fala de política, não faz critica social barata, não discute barbaridades nem escreve sobre futilidades. Fala de sexo em feminino, adoro! Porém ainda não me encheu totalmente as medidas.
Sou uma verdadeira defensora da igualdade, principalmente no que concerne ao sexo. Não sou feminista nem tão pouco defendo discursos exagerados sobre a fragilidade feminina. Defendo sim a palavra e sou uma grande defensora do prazer mútuo e da satisfação completa. Das coisas que mais cócegas me fazem nas entranhas são as senhoras que falam dos homens como seres esfomeados sedentos de prazer e depois reprimem as suas promiscuidades.
É provável que esteja a exagerar e a dar uma certa ênfase à coisa, mas admitamos que a existência de seres do sexo feminino que ainda usam a dor de cabeça para evitar aproximação masculina dá uma certa “gosma”.
Miúdas, mulheres e senhoras maduras deixem de parte os tabus, o “faz por fazer” ou “ à e tal ele pode não gostar”. Aproveitem os momentos, soltem as feras que há em cada uma de vós e ganhem “tomates” para dizer “não quero porque simplesmente já não me dás vontade”.
Isto hoje está a descambar mas também eu tinha de contribuir para o abanão social e para o “há vida para além da crise”.
Vou mas é fazer-me à vida que esta coisa da ronha até às cinco da tarde deixa-me com vontade de soltar a revolucionária que está dentro de mim.
Boa Pascoa minha gente e não se esqueçam de” soltar o coelho” que está dentro de vós!
Até breve!
A beleza num olhar!?
A beleza é dos conceitos mais subjectivos que conheço e sempre que o tento definir sinto-me perdida num turbilhão de sensações. Olhar para alguém e interpretar a sua beleza é na maioria das vezes uma acção imediata, mas por vezes dou por mim a questionar o meu primeiro olhar e alterar a minha definição inicial.
Quantos de vós já não se sentiram enganados pelas “primeiras vistas”? Quantos de vós já não se iludiram com um olhar profundo, um sorriso rasgado ou um corpo perfeito?
Definir alguém como belo é algo mais complexo do que uma primeira imagem, algo que requer tempo e dedicação. Caso contrário estamos a rotular alguém como belo ou feio, apenas, pelos traços que o envolvem. Como é óbvio, cada um de nós tem os seus padrões de beleza e a primeira apreciação é sempre com base nessa definição. Mas devemos ter cuidado com as comparações e respeitar sempre a ideia de “gostos não se discutem”.
Para o que me deu hoje! Acordar com a sensação de conforto e deslumbrar-me desde do primeiro minuto com a beleza e perfeição que me rodeia. Analisar o espaço simples que me envolve e torna-lo único e soberbo. Olhar e mesmo ao meu lado sentir que cada gesto, cada momento, cada movimento é incrivelmente belo.
(Suspiro)
"Por entre a cadeira onde me regalo e o quarto onde me encontro debruço o meu olhar sobre ti e deixo-me simplesmente abraçar pela imensurabilidade da tua perfeição… "
Até breve!
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Pénelope a "cruz"
Horas de saída!
O relógio marca 18:40, um suspiro e um sorriso rasgado.
Apetece-me aproveitar o dia que tarda em adormecer mas sinto-me totalmente absorvida pelo cansaço. Os meus olhos cedem pelo esforço e o meu corpo tem em cada membro as marcas de uma posição sedentária.
Corro para casa e para o conforto de meu espaço. Após longos minutos de caminhada, finalmente, deixo-me levar pelo êxtase de colocar a chave na fechadura.
Os braços envolvidos de malas e sacos, o rosto pesado e a esperança de um minuto de descanso.
Do outro lado da porta ouço as tuas lamurias e ansiedades e desejo mimar-te até acalmares. Abro a porto e sinto-me absorvida pelas marcas da tua rebeldia. O meu estado altera-se e o meu rosto ganha uma força demoníaca. Dou um berro e só me apetece...nem sei. Papeis e cartão espalhados pela sala, manchas da tua incontinência nos lugares mais variados e os teus pelos por todo lado.
Por vezes pergunto-me, o que terá passado pela cabeça da minha mãe para me oferecer o símbolo mais declarado de uma solteira? Mulheres solteiras a viverem sozinhas e com gatas é cada vez mais a imagem perfeita de uma solidão permanente. Por ironia do destino consegui tornar esta ideia errada e converter esta imagem numa versão temporária.
Depois da gritaria e do dicionário completo de asneiras ter sido banalizado na minha sala, olho para ela e não consigo sentir raiva...
Parte da minha vida, companheira de lágrimas e alegrias, obstáculo ao meu conforto e descanso, mas educadora da minha paciência.
Por mais difícil que seja, por mais complexa que pareças...és minha!
Por mais difícil que seja, por mais complexa que pareças...és minha!
Até breve!
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Um simples momento
Final do dia... o meu corpo está estendido em conforto e tenho um sorriso no rosto. Na estante procuro um livro, procuro palavras e um sentido. Olho para ti e de volta à estante encontro "Sonetos" de Florbela Espanca. Mergulho nas suas palavras e expressões, deixo-me levar por sensações antigas e entre saudades e tristezas encontro a tradução daquilo que sinto.
Fechei os olhos e absorvi cada uma das suas palavras...agora partes de mim. Levantei parte do meu corpo em movimentos suaves para que não me ouvisses, segui a tua essência e confortei-me no teu abraço. Olhei-te nos olhos e num gesto tímido contei-te parte de uma história num intenso soneto.
Um momento, algumas palavras e vários gestos traduzidos num profundo poema...
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."
Até breve!
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Good Day!!
Simplesmente perfeito!
Podia estar horas a tentar descrever um momento perfeito pelo qual passei, mas todas as palavras do mundo seriam insuficientes para traduzir a intensidade de tal acontecimento.
Fecho os olhos e ainda sinto o cheiro da maré vazia e a brisa nocturna no meu rosto. Posso recordar cada expressão, cada gesto, cada palavra...tudo!
Mas como os momentos perfeitos são tão preciosos e igualmente únicos, hoje, vou ser um pouco "egoísta" e guarda-lo só para mim!
Com a minha gente partilho um enorme sorriso e o desejo de mais um dia perfeito!
Até breve!
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