
Passam por mim, sinto-lhes os passos...no ar a suas respirações e nem por isso uma palavra. Mas existem, são os outros. São gentes...gentes que cruzam o meu caminho e em mim deixaram o seu rasto.
Partes de mim, silêncios meus e até sombras de uma vida...
Um lugar, várias histórias e uma imensidão de palavras constituem a verdadeira essência das"Gentes" da minha terra.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Algures por aí...

terça-feira, 26 de outubro de 2010
Ao som de um momento...
Sempre vi na música uma interpretação, um significado. Cada encontro musical reflecte um acontecimento, uma parte de mim, uma recordação…hoje recordei esta música e as palavras de alguém…
Até breve!
domingo, 24 de outubro de 2010
Sinto Saudade...

sábado, 23 de outubro de 2010
O último Adeus!

Foram muitos os sonos interrompidos, as voltas na cama e os pensamentos constantes…a perda de alguém é sempre tão difícil de lidar que sentimos, por vezes, que não é mais do que um sonho mau. A sensação que somos pouco mais do que nada, que a vida é tão insignificante e igualmente injusta, que em breves instantes tudo o que existe desaparece sem que o tempo tenha permitido dizer um último adeus…
Passou pouco mais de um ano e nunca tive coragem de escrever sobre ti, nunca procurei passar para o papel todo o sofrimento que senti, desabafar sobre as linhas e deixar fluir toda a raiva que se apoderou de mim. Pelo contrário, guardei cada momento, cada acontecimento, cada gesto teu…em mim. Fingi ser fácil, fingi aceitar, de alguma forma quis tomar consciência da lei da vida e mentalizar-me que tudo o que nasce mais tarde ou mais cedo morre…mas algo mudou, eu mudei.
Não sei realmente se já vivi a verdadeira fase do luto mas uma coisa é certa aquele dia transformou-me…não sou de todo a mesma e os meus olhos nunca mais ilustraram a vida da mesma forma.
Aprendi que não nos vale de nada traçar um destino, desenhar os nossos caminhos e planear a longo prazo, pois a verdade pura e crua é que não sabemos se estaremos cá amanhã para colhermos todos os frutos que durante tanto tempo semeamos.
Porquê esperar pelo amanhã para dizer o quanto amamos alguém? Porquê adiar os nossos desejos para aguardar pelo momento certo? Porquê esperar que os outros desistam daquilo que nós não temos coragem de desistir? Porquê não seguir simplesmente os nossos impulsos, o coração?
A cada dia que passa a realidade mostra-me a insignificância do tempo…as perdas tornam-se uma constante e à minha volta são muitos aqueles que choram a morte de alguém… e doí. Sentimo-nos inúteis porque não existe nada que possamos fazer para mudar aquele momento. Mas aprendi nos últimos tempos que nada é puro acaso…tudo deve servir como exemplo e se queremos homenagear aqueles que partiram é aproveitar ao máximo todos os momentos que a vida nos proporciona e seguir aquilo que realmente é verdadeiro…o nosso coração.
“Tenho saudades tuas! Sinto falta das tuas palavras sábias, das tuas histórias, da tua escrita e dos teus desenhos. Contigo aprendi que não há obstáculos inultrapassáveis, que a força que temos dentro de nós é mais forte do que qualquer recusa, que é possível aprender com os erros e que a nossa personalidade marca aqueles que nos rodeiam. Sei que nunca mais vou ver o teu rosto, nem sentir o teu abraço mas sei que estejas onde estiveres estás orgulhoso de mim. Adeus Avô!”.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
O rosto da mudança

Quando escolhi dar vida a este blog acreditei na sua essência, na sua verdadeira razão de existir… enganam-se aqueles que pensam que deixei de ter assunto, porque a cada dia que passou foram muitos os que atravessaram a minha vida, que trocaram cada linha do meu destino e moldaram cada momento meu.
Foram tantos os dias que procurei uma folha, que abri o meu word para tentar rascunhar qualquer coisa mas foram muitos os textos que ficaram por escrever, histórias por contar e verdadeiros enredos por partilhar. Mas por vezes era tudo tão intenso que tive receio de mostrar o quanto frágil é o meu mundo e tudo aquilo que me rodeia.
Quando nos sentimos tristes, desiludidos ou simplesmente perdidos tornamo-nos demasiado introspectivos, vivemos demasiado o “eu” e esquecemos que lá fora há uma vida que não pára…
A palavra mudança é aquela que mais traduz os últimos meses, pois a metamorfose é o meu estado actual. Hoje nada tem de semelhante com o ontem e o amanhã estou certa que vai ser diferente do que já passou. Estar sozinha comigo fez-me ver os outros de uma forma distante e por vezes desconfiada…fugi das minhas gentes e encontrei o meu lugar longe do meu lar. Comigo trouxe os especiais, os importantes e os inesquecíveis, para trás deixei os outros, deixei as mágoas, as falhas e algumas tristezas. Mas ainda não me despi das marcas, dos medos e das angústias de todos os dias, mas acredito que em breve a ansiedade do querer não vai ser mais do que a tranquilidade do saber viver.
Hoje decidi arrumar o meu “baú”, guardei na minha caixinha cada pedaço meu e nela encontrei tantos sorrisos, tantos rostos felizes e tantos momentos memoráveis…e como todas as arrumações consegui guardar apenas o que é bom de guardar e ainda deixei um bom espaço para tudo aquilo que ainda tenho para alcançar…
Até breve!
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Conversas de Mulheres
Reconheço neste vídeo algumas conversas de meninas, de mulheres, de amigas...quantos serões ganhos a falar de homens, sexo e fantasias...
Os defeitos, as virtudes, o desempenho, as novidades, o tamanho, os orgasmos (os simples e os múltiplos)as palavras, as desilusões...
Se para os homens falar de sexo é resumir uma boa queca para as mulheres é mais do que isso é ir bem ao fundo da questão...literalmente!
Até breve!
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Às sombras de todos os dias...

Algures no tempo, nem tanto tempo, senti-me assim…perdida.
Olhei o rio, caminhei por recordações distantes, sonhei com o amanhã, mas continuei perdida.
Mais um dia daqueles, precisei do fundo para ganhar folgo e voltar à tona…Consegui!
Este é daqueles momentos que algo simples e inesperado acontece…surgem “alguéns”, palavras e sorrisos desconhecidos, forças distantes…e aqui sinto que estou em segurança.
Por algumas horas, entre conversas e risos, treino e esforço senti-me livre…não deixou de doer mas o cansaço fez-me chegar à cama, suspirar e aproveitar um sono profundo.
Mais do recordar um daqueles momentos em que nos sentimos no final da linha, mais do que recordar o medo de cair, é agradecer aos que nos rodeiam, aos amigos, à família, aos conhecidos e até mesmo aos desconhecidos que cruzam o nosso caminho e em algum momento estiveram presentes…
Mesmo sozinha continuo a precisar das sombras que me envolvem e que me fazem sorrir todos os dias…gentes do meu mundo que mesmo distantes continuam aqui,mesmo na porta ao lado!
Até breve!
domingo, 29 de agosto de 2010
Promessas...
Esta para além de me tocar particularmente é a música de fundo perfeita para o mundo que me rodeia. Cada vez que a ouço recordo conversas, histórias e momentos das minhas gentes…dos meus amigos…da nossa vida.
A vida é uma promessa…todos os dias, todos nós prometemos que vai ser diferente, que vai ser perfeito, que hoje é o dia e que tudo vai correr bem. Quem nunca prometeu? Quem nunca tentou traduzir os seus sentimentos em promessas? Sejam elas reais ou apenas fruto de uma imaginação de momento são sentidas e dão ao tempo onde surgem uma maior intensidade. Mesmo que um dia elas não passem de promessas, de palavras soltas e perdidas no tempo foram importantes enquanto duraram…
Nestes últimos tempos tenho partilhado momentos e histórias com os mais intimos…perdas, desilusões, enredos e angústia…E apesar dos personagens serem bem diferentes e os argumentos díspares houve algo em comum em todas estas histórias…nenhuma delas teve um final feliz e as que duram não são mais do que promessas perdidas que um dia vão acabar por partir…
Histórias repletas de amores imperfeitos, de trios amorosos, de paixões perdidas, de encontros casuais, de juventudes desperdiçadas e de males necessários…
Pergunto-me se vale a pena, se vale a pena seguir o coração e deixar-nos ir ao sabor do vento, se vale a pena prometer que vamos ser felizes mesmo sabendo que um dia não passará de uma recordação perdida algures no tempo…
Sei…sabemos que tudo é um risco, tudo é um tiro no escuro e que cada passo acrescenta-nos algo, mas será que vale a pena arriscar tanto, mergulhar num mundo tão repleto de se nãos…quantas histórias controversas, verdadeiras novelas e repletas de obstaculos tiveram finais felizes? Para além dos exemplos cinematográficos e dos romances retratados em livros, onde estão elas?
Esta semana ouvi uma frase…uma daquelas que surgem no ar em contextos simples mas que por vezes podem ser transpostas para o complexo. Era algo do género…
“Quando estiveres a fazer algo que te pareça difícil, pára! Porque de certeza que estás a fazer mal…”
Palavras sábias ou não têm o seu sentido….mas apesar de concordar que a vida não deve ser complicada por defeito no fundo acho que se tentarmos e no fim até der certo então de certeza que valeu a pena…
Hoje deixo-vos com esta música…a música dos “outros. Eu vou até à praia, pois existem momentos em que mesmo rodeada das minhas gentes a solidão é a melhor promessa de que nunca vou estar sozinha…
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Encontro inesperado

Nos meus rascunhos...há uns dias atrás...
Domingo...
Olho pela janela e o sol já brilha e apesar da leve brisa que se faz sentir certamente que será mais um dia de calor intenso...
Ainda deitada na cama sinto vontade de escrever...tentei voltar adormecer mas o sono desapareceu e deu lugar a uma verdadeira espertina.
Mas a sensação de acordar às 8 em pleno domingo dá-me uma certa frustração, recorda-me que no sábado pouco antes da meia noite já estava a dormir. Que se passa comigo? Será que já sinto a responsabilidade da mudança? Ou apenas cedi depois de um dia cheio de tudo…
Cedo ou não o que é certo é que finalmente arranjei espaço para a minha inspiração…ou não…
Hoje vou contar-vos uma pequena história, daquelas que só acontecem comigo (com os outros).
Num dia desta semana, igual a todos os outros, acordo, tomo banho e olho pela janela para escolher a indumentaria...saio a correr e apanho o autocarro que me vai levar ao meu destino, ao trabalho.
Coloco os “fones” e deixo-me perder por pensamentos longínquos, fecho os olhos e deixo-me penetrar por cada letra, por cada música. Ao fundo uma voz que chama por mim, não percebo que surge da realidade, por breves instantes esqueço-a. Mas continua…então abro os olhos e vejo alguém a olhar para mim. Ainda meio atrapalhada por ter ignorado a sua voz durante alguns segundos, peço desculpa e retiro os “fones”. A senhora de nacionalidade brasileira dirige-se a mim com uma folha branca com alguns escritos e pede para eu ficar com ela, ler e reflectir, depois sai…olhei para trás mas já tinha saído do autocarro.
Esta é daquelas coisas que nos deixam a pensar…porque eu? Será que não havia mais ninguém naquele lugar com ar de quem precisava de ajuda ou foi mesmo o meu olhar apático que lhe fez crer que eu precisava de encontrar o meu “caminho” ?
Quanto ao escrito em si nada de novo mais uma daquelas fábulas que enchem diariamente o nosso correio electrónico. Esta intitulava-se “Pegadas na Areia”, reconhecem? Certamente, mas se não conhecerem basta uma breve pesquisa pelo Google que não faltará páginas com este texto. Não vou transcrever o texto mas basicamente fala de um homem e do “senhor” e do caminho que ambos percorreram…juntos.
Não sou totalmente céptica, nem contra aqueles que espalham a mensagem do "senhor", mas será que existe alguém demasiado ingénuo para acreditar que ele estará por perto sempre que algo correr mal?
Acredito na fé, acredito que há algo superior a todos nós, mas que não nos protege...apenas coloca ao nosso dispor todas as ferramentas para que nós próprios possamos traçar o nosso caminho...
Mas sim, aquele episódio mexeu comigo, não pela história em si mas pela situação...a cada dia que passa sinto que nada é puro acaso,sinto que os outros existem e que estão lá. Por mais que procure um momento só em cada pedaço meu existirá um pouco de cada um de vós...
Depois de algum tempo sem partilhar encontros de todos dias estou de volta...num outro lugar mas na minha terra...
Até breve!
domingo, 1 de agosto de 2010
Aproveitar a vida...

Todos vós já leram e releram estas palavras. Por todas as páginas do facebook existem referências a António Feio e à mensagem de força e esperança que nos deixou. Não sou de clichés nem de frases feitas mas estas duas linhas são mais do que meras palavras são uma verdadeira lição de vida…
Sempre que alguém relativamente famoso morre existe um enorme alarido em torno da sua pessoa, palavras de conforto, lágrimas de tristeza e muitas palavras de agradecimento…só é lamentável que em vida não tenham tido direito a muitas destas…
A verdade é que tudo tem um princípio e um fim e o ser humano não é de todo uma excepção. A morte é sempre algo que nos confunde que nos deixa sensibilizados…é triste.
Por vezes damos por nós a pensar no amanhã, num futuro longínquo onde tudo é perfeito... quando damos por nós estamos perdidos numa imagem de um dia que teima em não chegar e aí pensamos em tudo o que perdemos e nos dias em que não vivemos…
Hoje acordei e pensei no sentido destas palavras, olhei pela janela e sorri, senti que lá fora estão todos aqueles que adoro, tudo o que me faz feliz e que a vida é demasiado fantástica para perder todos estes momentos…
Minhas gentes aproveitem e absorvam verdadeiramente a essência das palavras de António Feio, não as sintam pelo momento mas revejam nelas a oportunidade de serem inteiramente felizes…
Perdoem-me o discurso moralista mas descobri que viver é mais do que lamentar o que não podemos ter, é mais do que chorar pelas nossas perdas. Viver é sorrir todos os dias e pensar que agora é o momento, assim dificilmente haverá arrependimento pelo que não foi dito, pelo que não foi feito…
Um bom dia a todos! Aproveitem…seja o que for…
Até Breve!