Existem vidas, existem histórias, existem outros que nos fazem despertar a meio da noite, que nos fazem sentir a sua ausência e que deixam em nós um rasto de tristeza...
Hoje recordei enredos de alguém, histórias de amores e desamores, personagens perdidas e finais premeditados. Hoje senti falta daquela alma que me mostrou que a vida está para além dos olhos...ensinou-me que a vida apesar de dura continua e que por mais tempo que passe a luta é uma constante.
Ontem ouvi a sua voz no meu gravador, palavras doces palavras que o sangue não define, que o seio de uma mulher não alimenta...palavras de alguém que me pertence só por existir...
Este é o poema de outro "eu" que procura e não encontra, do outro que revê em cada ensinamento uma fuga...está escrito e agora já não me pertence...
Para além…
Deixo de ouvir o mais subtil dos silêncios
Olho para além de tudo...
Tento encontrar uma resposta
Ao longe um infinito de incertezas
por perto uma imensidão de evidências.
Deixo de ouvir o mais subtil dos silêncios
Recuso o conselho mais sensato
Perco-me num mundo de sensações
e esqueço o doce amargo das ilusões.
Quis fechar os olhos e deixar-me sonhar
Absorvi cada pedaço desta história
Evitei a dor que me estava abraçar
Toquei no impossível de alcançar.
Aqui estou eu...olhando pela janela
Desenhei um momento perfeito
Toquei em emoções profundas
Fui autora de uma eterna fantasia
Mas hoje sou aquela que mergulha na melancolia.
Aqui estou eu...olhando pela janela
Aqui vou eu para algum lugar
Pego em tudo o que me fez enlouquecer,
Caminho e no pensamento um “tudo pode acontecer”.
("Maria")
Até breve!
1 comentário:
A alma sem memórias, é vazia e inconsciente.
A procura algo, torna-nos alerta e atentos, ao que de bom a vida nos oferece de forma constante...mas discretamente.
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