Ali estou eu...sentada.
Na mesa o caderno, na mão a caneta, em frente alguém e à minha volta uma mão cheia de pessoas.
Na mesa o caderno, na mão a caneta, em frente alguém e à minha volta uma mão cheia de pessoas.
Sinto-me bem naquele lugar, reconheço os rostos e tudo parece familiar. Mas estou ausente...
Bem por perto sinto a inquietação do tempo, em mim uma ansiedade constante, em ti a incerteza do momento.
Espreitas o meu rosto, sorris suavemente e escondes algo que não entendo. Retribuo um pequeno rasgo de cumplicidade mas tento olhar para além da tua capa e vejo algo invisível aos outros.
Sei que existes, sei que estás aí e que os teus gestos são verdadeiros. Mas não alcanço a tua consciência. Procuro em mim respostas para as tuas acções mas nem por isso encontro a mais simples das explicações.
Hoje voltei a sentar-me no teu lugar, coloquei a tua capa e tentei viver, novamente, as tuas inquietações, mas o meu "eu" continuava lá. Tentei descortinar o enigma, tentei ler cada traço teu e tentei escrever as páginas em branco. Regressei ao meu espaço e em ti ainda havia marcas de um antes que me assusta.
Sinto os olhares de outros, os seus rostos estão deliciados e as suas noções estão influenciadas por acontecimentos perfeitos.
Sinto os olhares de outros, os seus rostos estão deliciados e as suas noções estão influenciadas por acontecimentos perfeitos.
Continuo aqui...diante de mim estão os meus rascunhos e uma folha em branco.O lugar ao lado está vazio, estou só mas acompanhada por mim.
Estás aí? ainda me ouves?
Provavelmente não...mas eles estão!
Até breve!
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