Passam por mim, sinto-lhes os passos...no ar a suas respirações e nem por isso uma palavra. Mas existem, são os outros. São gentes...gentes que cruzam o meu caminho e em mim deixaram o seu rasto.
Partes de mim, silêncios meus e até sombras de uma vida...

Um lugar, várias histórias e uma imensidão de palavras constituem a verdadeira essência das"Gentes" da minha terra.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Um filme, uma música e pequenos rasgos de mim...




Esta música, tal como o filme faz-me pensar como o universo é perfeito e como as peças dispersas do nosso puzzle conseguem reencontrar-se no tempo. Por vezes a ficção tem a capacidade fantástica de nos deixar entrar e de colocar em nós a verdade que procuramos nas entrelinhas.

Mais do que uma história que ilustra momentos perfeitos, imagens únicas e situações pelas quais todos nós já vivenciamos é uma verdadeira lição de vida. Esta é a magia dos livros, penetram na nossa intimidade...e mesmo quando passam para o ecrã a sua intensidade consegue transportar-nos para aquele lugar.

Não fui tão longe...mas também eu deixei tudo para trás. Saí do meu seio, da minha segurança e parti ao encontro de mim.

A cada dia que passa ganho consciência do propósito da vida, da minha existência e de tudo aquilo que me rodeia, mas ainda são muitas as questões que me fazem perder o equilíbrio que tanto procuro.

Ali estava eu…uma sala vazia, quatro mulheres e um pacote de pipocas. 

Muitos de vocês devem estar a pensar num “episódio tipifico”, mulheres, uma comédia romântica e uma serie de frustrações traduzidas em lágrimas. Nem por isso...algumas lágrimas é verdade, mas muitas gargalhadas repletas de historias entre três gerações diferentes. Hoje estou certa que cada uma retratou naquela tela um pouco da sua historia e sorriu, apesar de todas as tristezas hoje estão mais perto do seu “eu”.

Relações perdidas, obstáculos constantes, sorrisos escondidos, amores desfeitos, enredos imprevisíveis e um monte de sonhos por concretizar. 

Umas felizes com os seus encontros, outras tristes pelos seus desencontros...há quem agradeça pelo destino e quem ore por um caminho diferente. Mas para mim todas nós temos algo em comum, a força e a liberdade de sermos inteiramente mulheres. 

Olhei aquela tela com profundidade e em cada momento senti as minhas palavras, as minhas dúvidas, os meus medos...mas mais do que isso senti que eu própria estava perante uma nova realidade, uma outra família e uma nova história.

Hoje ainda não sei onde tudo isto me vai levar, mas estou agradecida por fazer parte destes momentos e com eles aprender um pouco mais do que sou...

Nada é para sempre mas se acreditarmos na sua intensidade de certeza que será eterno...

Até breve!

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